terça-feira, 17 de agosto de 2010

AMÉRICA VERMELHA

Por Marcello Campos

E mais uma vez a América está a um passo de ficar vermelha. Assim como em 2006, o Internacional chega ao segundo jogo da decisão da libertadores, com a vantagem de ter vencido o primeiro jogo, fora de casa, por um gol de diferença e pelo mesmo placar, 2 a 1. E desta vez, diferente da última conquista, o adversário é bem inferior. A equipe mexicana do Chivas não parece capaz de tirar o bicampeonato das mãos coloradas. Porto Alegre respira a decisão de amanhã e metade da cidade está confiante na festa, enquanto a outra metade irá secar até o fim. A torcida gremista, certamente, estará tão ligada no jogo quanto os colorados, mas, acredito que a torcida contra não adiantará muito.
Cinqüenta mil pessoas lotarão o Beira Rio, amanhã, na expectativa de ver o Internacional se sagrar campeão da América novamente.
O elenco é muito forte e tem tudo para trazer este título.
D’Alessandro, Alecssandro, Taison, Tinga, Sóbis, Giuliano, Guinazu e cia são os craques que podem facilitar a vida colorada amanhã.
Mas, deve-se lembrar que nos últimos três anos, as equipes brasileiras foram derrotadas em seus domínios na final do torneio. No ano passado, o Cruzeiro conseguiu uma bela vantagem ao empatar com o Estudiantes, na Argentina sem gols, e perdeu em pleno Mineirão por 2 a 1.
Em 2008, o Fluminense lotou o Maracanã e viu a LDU do Equador calar sua torcida, vencendo nos pênaltis, após vitória tricolor no tempo normal por 3 a 1.
E em 2007, o Grêmio foi atropelado pelo Boca Juniors, primeiro na Argentina e depois, no Olímpico.
Logo, todo cuidado é pouco Inter. Final é Final! É jogar sério do começo ao fim; Não deixar o adversário respirar; A torcida incentivar o jogo inteiro; É batalha!
Como bom brasileiro, minha torcida está toda na equipe colorada. Que o Internacional tire esse estigma que persegue as equipes brasileiras nos últimos três anos (O último brasileiro campeão foi justamente o Inter).

Avante Inter! Pra cima Colorado! Que a América fique vermelha novamente!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

ESTRÉIA COM CARA DE BRASIL

Por Marcello Campos

Esse Brasil que venceu com autoridade os americanos é o Brasil de verdade. Futebol agressivo, partindo pra cima do adversário, deixando o oponente com medo. Isso sim é a arte brasileira de jogar bola, de jogar bonito.
O futebol apresentado pela seleção de Mano, terça feira, foi um futebol completamente oposto ao apresentado pela seleção de Dunga ao longo dos quatro anos de comando.
O espírito moleque foi colocado dentro de campo com responsabilidade, acima de tudo. Ninguém jogou querendo humilhar ou desmerecer o adversário. Ganso, Neymar, Robinho, Pato e cia deram show de habilidade e mostraram estar no caminho certo para 2014.
É claro que, em quatro anos, muita coisa vai acontecer, novos talentos surgirão e a equipe ainda mudará mas a base já está feita. Agora resta trabalhar e preparar essa molecada para ser imbatível na copa em casa. No momento atual, ainda acrescento dois nomes dessa geração que não foram para o amistoso: Giuliano, do Inter (na final da liberta) e Phillipe Coutinho, ex-Vasco (vai crescer muito na Itália).
Com essa base bem trabalhada e uma pitada de experiência, esse grupo pode vir a ser um dos mais fortes já montados nos últimos anos, podendo chegar ao nível quem sabe, de 2002, onde só tínhamos estrelas.
Mano começou muito bem e mostrou que Gaúcho não sabe armar o time só defensivamente, como Dunga. Colocou a equipe no ataque, sufocando a boa equipe americana, diga-se de passagem. Um pouco mais de experiência e tínhamos goleado.

Enfim, acho que assim como eu, todo o povo brasileiro ficou bem feliz e esperançoso com a atuação, mas temos que ter os pés no chão e trabalhar muito essa garotada para não existirem frustrações futuras.
Parabéns pela estréia Mano. Deu gosto de ver!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Patrícia Amorim usa o Flamengo para beneficiar seu partido PSDB

MELHOR LER DO QUE ACREDITAR!

A presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, usando uniforme com a marca oficial do clube, foi a um restaurante do Rio de Janeiro para assistir ao primeiro jogo da seleção brasileira junto com político do seu partido PSDB, o candidato tucano José Serra, apesar do estatuto do clube proibir esse tipo de manifestação.

Em um evento em que deixava transparecer que comparecia como Presidente do Clube de Regatas do Flamengo, Patrícia Amorim posou para fotos entregando camisa personalizada do clube a José Serra. A camisa, que tinha o número 45 às costas e o nome de Serra (sic), ainda era do terceiro uniforme do Flamengo, que estranhamente ostenta as cores do PSDB: Azul e Amarelo.

Patrícia Amorim, que parece desconhecer o estatuto do próprio clube que dirige, se comportou como se fosse um apoio oficial da instituição Flamengo à candidatura de Serra.

Cabe lembrar à ex-nadadora olímpica que o artigo 24, parágrafo XIII do estatuto do Flamengo diz:

Art. 24 – Ao sócio, além de outros deveres previstos neste Estatuto, impõem- se:

XIII – abster-se de usar ou envolver o nome do FLAMENGO em campanha, de qualquer natureza, estranha aos objetivos do Clube.

Lembrando ainda que o presidente do Flamengo é, sobretudo um sócio, e mais do que ninguém é obrigado a respeitar o estatuto do clube.

Além de desrespeitar o estatuto nesse caso, não é a primeira vez que Patrícia confunde sua vida política pessoal com suas atribuições como presidente do clube com a maior torcida do país, o episódio da escolha da camisa azul e amarela gera muita polêmica na torcida, que é o maior patrimônio do clube. A desculpa de homenagear a origem do remo só faria sentido se o uniforme fosse azul e dourado, afinal essas eram as primeiras cores que os remadores ostentaram a partir de 1895, ano de fundação do clube. Aproximar dourado de amarelo é forçar a barra, ela quis usar as cores que costuma usar em suas campanhas políticas.

Desde as primeiras pesquisas de maior torcida feitas por jornais há décadas, a torcida do Flamengo ficou conhecida por ser um fenômeno de massas, e embora possua torcedores de todas as classes sociais, predominam as pessoas de baixas renda, principalmente das regiões Sudeste, Nordeste, Norte e Centro-Oeste.

O Flamengo é pluralidade, não pode ser associado a um partido ou uma candidatura, seja lá de quem for. Se fosse definir a ideologia da torcida do Flamengo diria que é majoritariamente de esquerda, no extremo oposto ao caminho que trilha o PSDB, ela foi uma das primeiras, senão a primeira a usar bandeiras com imagens de Che Guevara, de Cuba, da Palestina. Como associar com o clube uma candidatura que representa um elitismo que em nada tem a ver com sua história e sua torcida? Lá em São Paulo, a polícia do PSDB do então governador Serra PROIBIU a torcida do Monte Azul de ostentar bandeira de Che como se ainda estivéssemos na ditadura, alegando que estimula a violência (sic).

Eu espero que o conselho deliberativo coloque um freio nessa tentativa de associar uma instituição centenária como o Flamengo com um partido envolvido com tanta corrupção e que se aliou a tudo que tem de pior na sociedade brasileira. O estatuto é claro, a presidente usou o nome e marca do clube em campanha estranha aos objetivos do clube, talvez não seja caso de impeachment, mas ela deve ser advertida para não usar mais o Flamengo para beneficiar seu partido.


Será isso mesmo??


FONTE: http://gmpconsult.com.br/blogdolen/?p=2967

terça-feira, 3 de agosto de 2010

ESPAÇO TOKDCLASSE - COLUNISTAS CONVIDADOS

"O RECADO DE UM RUBRO-NEGRO À NAÇÃO RUBRO-NEGRA"
Por Fabio Gonçalves

Ando pela rua, ando preocupado. Ouço da boca de diversos rubro-negros, reclamações sobre o atual time (que realmente não enche os olhos de ninguém), e da atual diretoria. Meus ouvidos doem quando recebem críticas ao Galinho, pois afinal de contas, não estão acostumados à ingratidão. E nesse conflito de órgãos, onde as bocas agridem, os olhos não se enchem e os ouvidos sofrem, parece que são os olhos que saem perdendo, pois o resultado desta rixa brutal é justamente a cegueira.
Cegueira da grande maioria, que com uma visão limitada só enxerga o presente, só enxerga o agora, não tem capacidade de olhar mais a frente, de se comunicar com o futuro. Caros flamenguistas, se não podemos falar, ouvir ou enxergar, que pelo menos possamos sentir. Sentir que o trabalho que começou ainda agora não é de curto, mas sim de longo prazo. Sentir que para um império crescer, o atual, primeiramente, tem que ruir.
Finalmente alguém resolveu pegar o pouco de dinheiro que sobra da renda do Flamengo, frente as inúmeras dívidas, e investir na estruturação do clube, em um CT digno, em instalações apresentáveis, enfim no crescimento da instituição como clube grande que é ou pelo menos deveria ser. Chega (ao menos por enquanto) de contratos milionários com jogadores galáticos e técnicos estrelas, que acabam sendo mandados embora e criando mais dívidas (trabalhistas) de milhões para o clube. Chegou a hora de ficar um tempinho sem títulos se for necessário (afinal de contas nossos rivais ficaram tantos anos sem reclamar, né), mas plantando para colher mais a frente. Chegou a hora de parar de tampar o sol com peneira e enfrentar o problema de frente.
A grandeza de um clube não se faz apenas de títulos, mas também de organização, infra-estrutura, avanços tecnológicos, profissionais capacitados e entre outras coisas. O respeito vem com a grandeza e a grandeza é a soma disso tudo.
Excelente iniciativa do Zico, parabéns galinho, que nos deu tantos títulos como jogador e agora, como diretor, pode ser que não nos dê títulos, mas nos dará o mais importante, estrutura!
E em pensar que quando o Flamengo for visto daqui uns anos como clube estruturado e muito mais respeitado, alguns olharão para trás e dirão:" Lembra da gestão do Zico? Não ganhou título nenhum, foi uma vergonha, agora que a gente ganha tudo!" Mas não perceberão que só estarão ganhando tudo devido aos frutos plantados naquela época. Enfim, o ser humano é assim...é a cegueira sobressaindo novamente...
Só peço uma coisa à toda a nação: Tenhamos sensibilidade, pois em terra de cego, surdo e mudo, quem tem um bom tato é rei!